quarta-feira, 4 de junho de 2014

Os prós e contras de morar em um empreendimento multiúso


Que tal ter uma padaria ou um shopping a poucos andares do seu apartamento e ir trabalhar de elevador? Nada mal, certo? Mas e se para ter tudo isso fosse preciso dar bom dia a um número muito maior de vizinhos e abrir mão de tirar o lixo de casa de pijama? Essas são algumas das vantagens e desvantagens que o comprador deve observar ao pensar em morar em um empreendimento multiúso.

Também chamados de empreendimentos mistos ou mixed-use, eles incorporam na mesma área imóveis comerciais e residenciais, oferecendo uma vasta gama de serviços aos moradores e a possibilidade de morar e trabalhar em um mesmo lugar. Tendência em outros países, como os Estados Unidos, os empreendimentos multiúso também estão sendo cada vez mais explorados pelas construtoras em cidades grandes do país, como São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o outlet de imóveis RealtOn, em 2013 a procura por esse tipo de empreendimento no site cresceu 22%.

Um dos empreendimentos mais famosos de São Paulo, o Conjunto Nacional, localizado na Avenida Paulista, é um dos pioneiros no conceito. Possui duas torres comerciais, um centro comercial e um residencial com 47 apartamentos. Ele traz as principais características dos mixed-use, mas levadas ao extremo: ao mesmo tempo em que tem muita conveniência - com cinema, teatro, academia, 66 lojas e restaurantes -, os moradores dividem o condomínio com 413 estabelecimentos de médio porte, como consultórios, e 72 empresas de grande porte, resultando em uma circulação de 45 mil pessoas por dia.

Confira a seguir os principais prós e contras dos empreendimentos multiúso e avalie se eles seriam uma boa opção para você.

Prós
Conveniência
A maior vantagem de viver em um empreendimento com serviços é não precisar sair de casa para fazer comprinhas básicas e para usufruir de serviços como restaurante ou salão de beleza. “Para pessoas que moram sozinhas e casais que trabalham fora o dia todo serviço é algo que interessa muito”, afirma Rosely Schwartz, autora do livro “Revolucionando o Condomínio”, da editora Saraiva.

A conveniência tem sido reconhecida pelas construtoras como um atrativo muito valorizado por moradores mais jovens, da geração Y, que muitas vezes prezam mais pela vantagem de fazer tudo a pé do que pela privacidade. “Esses empreendimentos podem ter desde concierge, serviços de motoboy, serviços de pequenos consertos, área de snacks, salão de beleza, personal trainer, lavanderia e até serviço de arrumação em alguns casos. Quase a totalidade de serviços da torre comercial pode ser usada para a área residencial”, afirma Rogério Santos, presidente executivo da RealtON.

Morar a poucos metros do trabalho
Ainda que algumas pessoas não suportem viver e morar em um mesmo ambiente, para quem convive diariamente com o trânsito das grandes cidades morar ao lado do trabalho se tornou um grande sonho. “As pessoas querem permanecer menos tempo no trânsito mais do que morar em um imóvel muito espaçoso, esse é o maior luxo de todos”, afirma Rogério Santos. Segundo ele, cerca de 25% a 30% dos moradores das unidades residenciais dos empreendimentos multiúso também são proprietários ou trabalham nas unidades comerciais do prédio.

Fonte: Portal Revista Exame
Link de origem: http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/os-pros-e-contras-de-morar-em-um-empreendimento-multiuso

2 comentários:

  1. Eu fico estarrecido quando ouço pessoas falarem que adoram Blumenau -- o que está implícito morar e viver aqui.

    Não vou negar os fatos. A cidade é limpa, segura, tem uma oferta de empregos considerável, aluguel, suportável, mas... o povo daqui. Arghhhhh!

    Tem o forte regionalismo. Os blumenauenses se apregoam "donos da verdade". Que verdade? rsrs.

    São arbitrários -- autoritários -- "frios" (abaixo da crítica) -- mal educados (já viram como os clientes são tratados nos estabelecimentos comerciais?)

    Como os motoristas de ônibus dirigem? como as pessoas que te conhecem te ignoram em lugares públicos? (?!) a comunicação distante, desprovida de afetividade? Sofrível... Os relacionamentos interpessoais burocratizados e distanciados.

    Um isolamento e uma fria neutralidade, indiferença e ausência de bom humor que pode ser observável na maioria das relações interpessoais. Isto chega a indignar em muitas situações.

    Um individualismo extremado -- um culto ao que se parece e não ao que se é (?) uma empáfia... uma arrogância...

    Ausência de relacionamentos genuínos, verdadeiramente, humanos, amigos. O desprezo à emoção, o apego ao formalismo dificulta a aproximação entre as pessoas...

    Paira um ambiente social em que a acentuada disciplina e normatização, embrutece os contatos... Isto tende a sufocar os espaços criativos e as oportunidades de expressão da subjetividade humana...

    O extremo apego à noção de ordem e organização, o constante desejo de regramento, institucionalização e controle geram a impressão desconfortável de que somos controlados, o tempo todo, por uma estrutura invisível, como se fôssemos suspeitos de algo e tivéssemos que comprovar, de antemão, que não somos “maus”, “preguiçosos” ou “indisciplinados”.

    Obviamente, Blumenau já tem seus argumentos idiossincráticos -- institucionalizados, para explicar seu jeito de ser: a cultura "alemã".

    Por fim é isto.

    Blumenau contém a "Visão em Paralaxe", do filósofo esloveno Slavoj Zizek, que exemplifica com propriedade como é Blumenau: a partir da noção de paralaxe – um efeito de aparente deslocamento do objeto observado devido à modificação na posição do observador.

    A noção de lacuna paraláctica é a chave que nos permite discernir seu núcleo subversivo. Nas cidades brasileiras, enfrentamos um paradoxo básico: enquanto muitas praticam, espontaneamente, a dialética materialista, em termos filosóficos muitas delas oscilam entre o materialismo mecânico e o obscurantismo idealista (Blumenau).

    É essa lacuna paraláctica que também explica as duas dimensões irredutíveis da modernidade: a “política” é a lógica da dominação, do controle regulador (“biopolítica”, “mundo administrado”); a “econômica” é a lógica da integração incessante do excedente, da “desterritorialização” constante.

    A resistência à dominação política refere-se ao elemento “supranumerário”, que não pode ser explicado nos termos da ordem política; mas, como formular a resistência à lógica econômica da reprodução-pelo-excesso? (não podemos esquecer que esse excesso é estritamente correlato ao próprio excesso de poder, além, de sua função representativa “oficial”.)

    Pois é. Peguei pesado? Peguei, não é? Sinto muito. Tenho amigos alemães (que vivem, na Alemanha) que são muito mais flexíveis, amigos, alegres, solidários do que os alemães (?!) de Blumenau.

    Talvez, este meu olhar tão crítico e por vezes preconceituoso seja pelo fato de eu ter vivido em lugares mais liberais, democráticos, expansivos, lúdicos, bem humorados.

    Blumenau é para se trabalhar... trabalhar e deu! rsrs.

    Reinaldo Müller

    ResponderExcluir
  2. Eu fico estarrecido quando ouço pessoas falarem que adoram Blumenau -- o que está implícito morar e viver aqui.

    Não vou negar os fatos. A cidade é limpa, segura, tem uma oferta de empregos considerável, aluguel, suportável, mas... o povo daqui. Arghhhhh!

    Tem o forte regionalismo. Os blumenauenses se apregoam "donos da verdade". Que verdade? rsrs.

    São arbitrários -- autoritários -- "frios" (abaixo da crítica) -- mal educados (já viram como os clientes são tratados nos estabelecimentos comerciais?)

    Como os motoristas de ônibus dirigem? como as pessoas que te conhecem te ignoram em lugares públicos? (?!) a comunicação distante, desprovida de afetividade? Sofrível... Os relacionamentos interpessoais burocratizados e distanciados.

    Um isolamento e uma fria neutralidade, indiferença e ausência de bom humor que pode ser observável na maioria das relações interpessoais. Isto chega a indignar em muitas situações.

    Um individualismo extremado -- um culto ao que se parece e não ao que se é (?) uma empáfia... uma arrogância...

    Ausência de relacionamentos genuínos, verdadeiramente, humanos, amigos. O desprezo à emoção, o apego ao formalismo dificulta a aproximação entre as pessoas...

    Paira um ambiente social em que a acentuada disciplina e normatização, embrutece os contatos... Isto tende a sufocar os espaços criativos e as oportunidades de expressão da subjetividade humana...

    O extremo apego à noção de ordem e organização, o constante desejo de regramento, institucionalização e controle geram a impressão desconfortável de que somos controlados, o tempo todo, por uma estrutura invisível, como se fôssemos suspeitos de algo e tivéssemos que comprovar, de antemão, que não somos “maus”, “preguiçosos” ou “indisciplinados”.

    Obviamente, Blumenau já tem seus argumentos idiossincráticos -- institucionalizados, para explicar seu jeito de ser: a cultura "alemã".

    Por fim é isto.

    Blumenau contém a "Visão em Paralaxe", do filósofo esloveno Slavoj Zizek, que exemplifica com propriedade como é Blumenau: a partir da noção de paralaxe – um efeito de aparente deslocamento do objeto observado devido à modificação na posição do observador.

    A noção de lacuna paraláctica é a chave que nos permite discernir seu núcleo subversivo. Nas cidades brasileiras, enfrentamos um paradoxo básico: enquanto muitas praticam, espontaneamente, a dialética materialista, em termos filosóficos muitas delas oscilam entre o materialismo mecânico e o obscurantismo idealista (Blumenau).

    É essa lacuna paraláctica que também explica as duas dimensões irredutíveis da modernidade: a “política” é a lógica da dominação, do controle regulador (“biopolítica”, “mundo administrado”); a “econômica” é a lógica da integração incessante do excedente, da “desterritorialização” constante.

    A resistência à dominação política refere-se ao elemento “supranumerário”, que não pode ser explicado nos termos da ordem política; mas, como formular a resistência à lógica econômica da reprodução-pelo-excesso? (não podemos esquecer que esse excesso é estritamente correlato ao próprio excesso de poder, além, de sua função representativa “oficial”.)

    Pois é. Peguei pesado? Peguei, não é? Sinto muito. Tenho amigos alemães (que vivem, na Alemanha) que são muito mais flexíveis, amigos, alegres, solidários do que os alemães (?!) de Blumenau.

    Talvez, este meu olhar tão crítico e por vezes preconceituoso seja pelo fato de eu ter vivido em lugares mais liberais, democráticos, expansivos, lúdicos, bem humorados.

    Blumenau é para se trabalhar... trabalhar e deu! rsrs.

    Reinaldo Müller

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