terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Piscinas seguras


Há diversos cuidados a serem tomados para a área comum. Com dias cada vez mais quentes, é inevitável o aumento do uso das piscinas. Mas uma área de lazer geralmente associada à alegria e descontração dos moradores pode revelar outro lado perigoso: a possibilidade de afogamento de crianças ou adultos que não sabem nadar.

Geralmente as crianças são as principais vítimas das piscinas em condomínio, por na maioria das vezes não saberem nadar. Há ainda a possibilidade de serem sugadas pelo ralo da piscina, caso esse seja antigo e esteja mal regulado.

Apenas esse verão já foram notificadas pelo menos quatro mortes de crianças em piscinas de condomínios e hotéis – locais onde, na maioria dos estados, não são obrigados a contar com guarda vidas.
O assunto é tão importante que no estado do Rio de Janeiro todos os condomínios com piscinas são obrigados, por lei, a ter um guarda vida, além de outros equipamentos para garantir a segurança dos usuários da piscina. “Acho que seria importante trazermos essa lei para São Paulo também. Estamos falando de vidas quando o assunto é a segurança das piscinas”, aponta Vania Dal Maso, gerente de condomínios da administradora Itambé.

Como o síndico é responsável civil e criminalmente por muitas coisas que acontecem no condomínio, é de suma importância que haja precauções relacionadas a essa área tão concorrida durante o verão. Alguns cuidados relacionados abaixo, como cercar a piscina e pedir autorização dos pais para menores de 12 anos utilizarem a área desacompanhados devem ser votados  em assembleia. Caso não sejam aprovados, o síndico consegue, dessa forma, dividir a sua responsabilidade com os outros moradores, caso algum acidente aconteça. Dessa forma, todos podem aproveitar, com tranquilidade, seu lugar ao sol durante os dias de sol.

Veja como se prevenir:

Piscinas antigas: geralmente são elas que apresentam ralos com sucção mais forte. O ideal é chamar uma empresa especializada para verificar o equipamento – e se possível, trocá-lo por um que não “puxe” tanta água. Também vale adotar um filtro, antes do ralo, para diminuir a pressão.

Cercas: são a principal barreira entre as crianças e a piscina. Ela deve ser alta, a fim de impedir que os pequenos consigam pulá-la. O melhor é que sua tranca seja de difícil manuseio e que  fique trancada, à chaves, de noite até de manhã.

Manutenção em dia: além da água, que deve ser cuidada diariamente, a área ao redor da piscina também merece atenção. Escadas, piso, chuveiro e outros equipamentos devem constar na rotina de cuidados do zelador com o condomínio

Sinalização correta: é imprescindível que haja placas ou sinalização mostrando a profundidade da piscina. 
Câmeras: uma medida geralmente polêmica, já que em alguns condomínios os moradores não gostam de se sentir vigiados pelo equipamento em roupas de banho. Por outro lado, pode ser a diferença entre salvar alguém que, por acidente, caiu na piscina.

Capa para piscina: uma maneira inteligente de economizar água e evitar sua evaporação pode ser extremamente perigosa para crianças. Elas levantam a capa para ver a água embaixo, podem  cair na piscina e não serem vistas.

Guarda vidas: o que alguns podem considerar um gasto extra, deve ser encarado como um investimento, principalmente em condomínios onde haja muito uso da piscina, como nos condomínios clube.

Crianças acompanhadas: os menores de 12 anos só devem estar desacompanhados no ambiente da piscina caso tenham autorização por escrito dos pais. De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) os  menores de 10 anos não devem estar nunca desacompanhados em áreas comuns, mesmo que dentro do condomínio. “O entendimento mais comum da Justiça é que os pais são os principais responsáveis e cuidadores dos menores, mesmo que nas áreas comuns do prédio”, argumenta Hubert Gebara, vice-presidente de condomínios do Secovi-SP.

Cuidado com a água: muitos condomínios preferem economizar com os cuidados com a água e instruir o zelador ou outro funcionário para executar esse trabalho. Nesse caso, o ideal é buscar uma qualificação para o colaborador, evitando assim que a água fique contaminada ou simplesmente não seja tratada corretamente. Algumas empresas oferecem cursos gratuitos sobre o assunto, em São Paulo e em todo o Brasil.


Fonte: Portal Síndiconet

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