terça-feira, 6 de maio de 2014

Qual é a melhor hora de comprar o imóvel?


A decisão de comprar uma casa própria passa por renda familiar, poupança acumulada, planejamento de vida e idade. O brasileiro adquire seu primeiro imóvel aos 32 anos, mostra pesquisa da imobiliária Lopes em São Paulo — dados que podem ser replicados a outras capitais, de acordo com especialistas em mercado imobiliário. Parte dos economistas acha essa idade precoce. Afinal, trata-se de um período em que é comum receber propostas de trabalho em outras cidades — e um financiamento recém-assumido pode ser um motivo para a resposta negativa.

Os novos trintões ainda estão distantes da renda que almejam. Comprar uma casa hoje pode ser sinônimo de abrir mão de algo melhor em alguns anos, quando um contracheque mais polpudo abriria a chance de ter um apartamento maior ou mais bem localizado. — O gasto com imóvel absorve um terço da renda familiar e pode engessar os mais jovens. O ideal é fazer negócio quando se enxerga com clareza o futuro — diz o educador financeiro Gustavo Cerbasi.

Aguardar alguns anos para comprar a casa também pode ser o caminho para ter mais dinheiro na hora da entrada, reduzindo o peso das parcelas. Embora o sistema financeiro aceite somente 10% no momento para abrir financiamento, especialistas sugerem pagar à vista pelo menos 30% do imóvel, eliminando gastos com juros. — Muitas vezes, os 10% mínimos são apenas o que o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço já atende. Aumentar essa entrada representa comprometimento com a compra, o que leva a uma melhor decisão quanto ao perfil do imóvel — explica o especialista Álvaro Modernel.

Por outro lado, a compra rápida de um imóvel pode ser um trunfo para aumentar o patrimônio, especialmente se o negócio for feito em um bairro que se valorize. O consultor Mauro Calil lembra que o tempo de financiamento pode ser menor do que o combinado anteriormente com o abatimento de parcelas com FGTS ou renda extra, abatendo juros, o que pode tornar o negócio ainda melhor: — Em alguns anos, esse primeiro imóvel pode ser a entrada para uma casa maior, ou complementar a renda caso seja alugada.

Para economizar, o jeito é abrir mão da privacidade
Um pequeno quarto e o carro como roupeiro. Rodrigo Saldanha não precisa muito mais do que isso para viver até que ele e a namorada, Vanessa Pires, juntem dinheiro para comprar uma casa. Ele tentou outro caminho, mas acha que não valeu a pena: pagou aluguel por seis meses, período em que não conseguiu juntar R$ 1 para dar de entrada em uma casa. — Além do aluguel, morar sozinho traz outros gastos que nem percebemos quando moramos com os pais — diz.

Ao 27 anos, Rodrigo mora com Vanessa na casa dos pais dela, em Portão, no Vale do Sinos. O quarto da namorada é o lar dos dois. Combinaram de juntar um terço do valor do imóvel para dar de entrada em um apartamento financiado pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A cada mês, chegam mais perto da meta. — A perda de espaço é um sacrifício momentâneo para logo termos um lugar só nosso — afirma Rodrigo.

Guia rápido para a compra

-Comprometa no máximo 25% da renda familiar com parcelas
-Procure dar 30% do valor do imóvel à vista
-Se for solteiro e tiver uma carreira ascendente, avalie se vale a pena se prender a um financiamento
-Se puder pagar à vista, negocie um bom desconto. Há quem tope reduzir o preço em 20% sobre o valor inicial
-Não esqueça de prever outros gastos ao custo mensal com moradia: condomínio, chamada extra, IPTU e tarifas de serviços.

Fonte: Revista Pense Imóveis
Link de origem: http://revista.penseimoveis.com.br/noticia/2014/05/como-saber-qual-a-melhor-hora-de-comprar-o-imovel-4490350.html

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